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Síndrome de Morris e os Aspectos Psicológicos.

Aspectos Psicológicos: A menarca (primeira menstruação) é um momento esperado pelas meninas na puberdade e seus pais, sua ausência leva a procura de um diagnóstico que envolve uma série de exames. A síndrome não é fácil de ser identificada devido sua raridade e essa falta de diagnóstico geralmente trás sentimentos de ansiedade e medo. A puberdade não proporciona apenas mudanças físicas, é um período de luto da infância, dúvidas e de alterações hormonais que despertam a sensibilidade sexual. A síndrome carrega consigo aspectos relacionados à feminilidade, à sexualidade e à maternidade. Pode ocorrer uma diminuição da auto-estima, sentimentos de vergonha e inferioridade, medo da rejeição do futuro parceiro e evitação de relacionamentos. A família do paciente também vivencia este momento com incerteza e insegurança, impotência e culpa. Sofre, se angustia, se anima, se deprime, sente pena, e pode funcionar tanto como um elemento de auxílio como um elemento que exalta a condição de deficiência e dependência.. Muito importante salientar que o apoio psicológico individual e/ou grupo após o diagnóstico é de extrema importância e deve ser estendido aos familiares. Muitos pais possuem dúvidas de como conversar com suas filhas sobre a síndrome, sexo e maternidade nesta fase. O prazer sexual fica intacto já que o orgasmo feminino provém essencialmente da clitóris, órgão não afetado pela síndrome. Com o canal vaginal reconstruido após o tratamento (cirúrgico ou dilatadores) poderão ter relações sexuais por penetração e uma vida sexual normal. Lembro que existem inúmeros motivos que levam uma mulher a não ter filhos: problemas de saúde diversos, instabilidade financeira, falta de parceiro fixo, carreira, câncer, viuvez precoce, um parceiro fixo que não deseja filhos ou possui problemas de saúde.Sendo assim, é um tema atual e que não afeta apenas portadoras da síndrome. É essencial que a sociedade saiba que são mulheres que possuem uma vida normal: trabalham, estudam, namoram e se casam, possuem a limitação de não poder gerar filhos, mas podem ser mães através adotação se desejarem. É de extrema importância que as pacientes participem ativamente do seu tratamento, estabelecendo uma relação de confiança com seu médico, procurando tirar todas as suas dúvidas, e dentro do que for possível, fazer escolhas na direção de atender os seus desejos. Elaborado pela psicóloga Claudia Corrêa Pinto da Fonseca - CRP 06/108235
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2 comentários:

  1. Gente mulher com a sindrome da a luz a gemeas http://www.opovo.com.br/app/maisnoticias/curiosidades/2015/02/03/noticiascuriosidades,3387536/apos-tratamento-inedito-mulher-que-nasceu-sem-utero-da-a-luz-gemeas.shtml

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  2. Engraçado, minha mãe descobriu os testículos feminilizantes quando tinha 2 anos. Não precisei de fazer cirurgia de reconstrução vaginal, nem dilatação nem nada.... Apenas para retirar as gônadas, devido o risco dela se malignizar. Fui muito bem preparada, sofri o luto da menarca, sofri o luto dos pêlos pubianos, sofri o luto da gravidez impossível. Mas tudo isso é muito aceitável pra mim, logo, não é um problema existencial. Tenho outros bloqueios que me acompanham, e esses sim são difíceis superar... Todos giram em torno do sexo e libido. Vivemos numa sociedade cujo o prazer sexual é praticamente uma regra. Por todos os lutos vividos e especificados acima, creio que ensejaram uma dificuldade em ter prazer. O fato de saber que "não sou normal" me veda de sentir prazer.Engraçado escrever isso, pois, eu tenho prazer sim, fico excitada quando vejo um filme, leio um livro, ou vejo algo discrepante... Mas tenho dificuldade em ter prazer ao ver um homem. O que todas minhas amigas chamam de, olhar e sentir tensão... Eu não tenho isso. Eu gosto de homem, gosto de penetração, mas tenho dificuldades que me bloqueiam. Resolvi compartilhar um pouco, para quem sabe, discutir ,ais o assunto. Adoraria se isso fosse possível. Um beijo, Morena Mineira

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